Posso ser Gabriela com "a" no final, definitivamente não ter Garcia Márquez no sobrenome, e claro, não estar enamorada de nenhuma "Delgadina" aos meus noventa anos, mas já fiz, eu também, algumas das mesmas descobertas que faz o personagem principal do livro.
"Graças a ela enfrentei pela primeira vez meu ser natural enquanto transcorriam meus noventa anos. Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem de minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do zodíaco."
(Memória de Minhas Putas Tristes - Gabriel Garcia Márquez)
sexta-feira, abril 16, 2010
quinta-feira, abril 15, 2010
O campo
Então vamos lá, os primeiros dias de campo!
Em um piscar de olhos já se passaram quatro dias de escavação. O tempo fica mais curto fora do sítio de tantas que são as horas passadas entretidos no meio do mato desviando do sol, de insetos e plantas.
O primeiro dia é sempre o mais sofrido, eu lembro bem que no meu primeiro trabalho de campo, há muuuito tempo atrás (3 anos!) quase chorei no primeiro dia achando que não daria conta depois de tanta luta para conseguir entrar no "fantástico mundo da arqueologia". Agora nem ligo, já aprendi que o primeiro dia é o que me deixa mais arrebentada. Depois passa. Depois o cansaço mental aumenta mas o corpo acostuma com o ritmo.
É engraçado, no final volto pra casa ligada no 220, preciso acostumar a desacelerar depois de algum tempo em campo.
Mas bem, esse não está sendo diferente até agora.
Começamos pelo maior dos dois que viemos para fazer neste mês.
Isso significa equipes distantes umas das outras e longas caminhadas pelo mato, alto em algumas partes, baixo em outras.
Mas eu adoro o sossego do mato, os cheiros, o silêncio e os barulhos. Gosto também de poder olhar o horizonte e enxergar lá longe... Não dá pra fazer isso nas cidades, nossa visão é logo interrompida por um prédio, um muro, um poste.
Terça estávamos em uma área que chamam de cocal, uma floresta de coqueiros enormes. Delícia de escavar, na sombra e fresquinho, mas... cheio de insetos! Não sei como, mas tinha até poucos mosquitos. Nessa parte, do cocal, vi a tal da formiga tucandeira, enorme, uns 3cm, dizem que uma picada resulta em 24 horas de febre e dor. Fiquei de olho nelas! Muitas borboletas também, lindas! E diversos tipos de aranhas!
Escavar em matinhas assim, ou perto delas, é bom também porque tem bastante banheiro. Pra fazer xixi no mato tem que ser longe da peãozada, mas cuidado com a tucandeira, ai, não quero nem pensar!!
Eu ainda não tropecei em nenhuma cobra, mas já sei que tem muitas, as outras equipes já encontraram várias.
E lá vou eu com meus dois auxiliares rumo a próxima sondagem carregando pochete gigante, mochila d'água, prancheta, caderno e banquinho de dobrar, um luxo que tem em todo campo com Dirse, adorei!
Ótimo também foi ela ter me deixado usar meus tênis de trilha, sempre somos obrigados a usar botas de proteção que são horríveis de andar no mato e machucam muito, mas essas últimas que nos mandaram têm palmilha "anatômica" que acaba com meus pés. Palmilha anatômica pra quem tem pé normal, e quem tem pé chato, como fica? Eu sei, com a sola toda roxa!
Hoje eu levei foi uma surra de picadas de mosquito. Tomei banho de repelente e não resolveu, cheguei no hotel com picadas até na coxa. Eles me picaram por cima da calça, olha que abuso!
Eu protegendo os braços das moscas-varejeiras que colocam ovos na pele da gente, e os mosquitos me comendo por cima da calça. Tomara que não tenha sido nenhuma daquelas moscas. Não quero pegar berne!! eca!
De bichinhos ostis temos notícia também de escorpiões, mas os piores de todos são definitivamentes os grilos!!
Aquele lugar está cheio de grilos, horríveis como só eles, de todos os tamanhos e cores! Biazinha, me salva!
Amanhã tem mais, e preciso dormir cedo pra acorda cedo. Folga só no domingo, assim espero!
Em um piscar de olhos já se passaram quatro dias de escavação. O tempo fica mais curto fora do sítio de tantas que são as horas passadas entretidos no meio do mato desviando do sol, de insetos e plantas.
O primeiro dia é sempre o mais sofrido, eu lembro bem que no meu primeiro trabalho de campo, há muuuito tempo atrás (3 anos!) quase chorei no primeiro dia achando que não daria conta depois de tanta luta para conseguir entrar no "fantástico mundo da arqueologia". Agora nem ligo, já aprendi que o primeiro dia é o que me deixa mais arrebentada. Depois passa. Depois o cansaço mental aumenta mas o corpo acostuma com o ritmo.
É engraçado, no final volto pra casa ligada no 220, preciso acostumar a desacelerar depois de algum tempo em campo.
Mas bem, esse não está sendo diferente até agora.
Começamos pelo maior dos dois que viemos para fazer neste mês.
Isso significa equipes distantes umas das outras e longas caminhadas pelo mato, alto em algumas partes, baixo em outras.
Mas eu adoro o sossego do mato, os cheiros, o silêncio e os barulhos. Gosto também de poder olhar o horizonte e enxergar lá longe... Não dá pra fazer isso nas cidades, nossa visão é logo interrompida por um prédio, um muro, um poste.
Terça estávamos em uma área que chamam de cocal, uma floresta de coqueiros enormes. Delícia de escavar, na sombra e fresquinho, mas... cheio de insetos! Não sei como, mas tinha até poucos mosquitos. Nessa parte, do cocal, vi a tal da formiga tucandeira, enorme, uns 3cm, dizem que uma picada resulta em 24 horas de febre e dor. Fiquei de olho nelas! Muitas borboletas também, lindas! E diversos tipos de aranhas!
Escavar em matinhas assim, ou perto delas, é bom também porque tem bastante banheiro. Pra fazer xixi no mato tem que ser longe da peãozada, mas cuidado com a tucandeira, ai, não quero nem pensar!!
Eu ainda não tropecei em nenhuma cobra, mas já sei que tem muitas, as outras equipes já encontraram várias.
E lá vou eu com meus dois auxiliares rumo a próxima sondagem carregando pochete gigante, mochila d'água, prancheta, caderno e banquinho de dobrar, um luxo que tem em todo campo com Dirse, adorei!
Ótimo também foi ela ter me deixado usar meus tênis de trilha, sempre somos obrigados a usar botas de proteção que são horríveis de andar no mato e machucam muito, mas essas últimas que nos mandaram têm palmilha "anatômica" que acaba com meus pés. Palmilha anatômica pra quem tem pé normal, e quem tem pé chato, como fica? Eu sei, com a sola toda roxa!
Hoje eu levei foi uma surra de picadas de mosquito. Tomei banho de repelente e não resolveu, cheguei no hotel com picadas até na coxa. Eles me picaram por cima da calça, olha que abuso!
Eu protegendo os braços das moscas-varejeiras que colocam ovos na pele da gente, e os mosquitos me comendo por cima da calça. Tomara que não tenha sido nenhuma daquelas moscas. Não quero pegar berne!! eca!
De bichinhos ostis temos notícia também de escorpiões, mas os piores de todos são definitivamentes os grilos!!
Aquele lugar está cheio de grilos, horríveis como só eles, de todos os tamanhos e cores! Biazinha, me salva!
Amanhã tem mais, e preciso dormir cedo pra acorda cedo. Folga só no domingo, assim espero!
Errata
Já consertei no post anterior o nome de Gabriel Garcia Márquez.
Não era o caso de um autor transexual, meu querido V., por coincidência compartilhamos, eu e o autor, esse mesmo lindo nome com apenas uma letrinha de diferença! ;-)
Não era o caso de um autor transexual, meu querido V., por coincidência compartilhamos, eu e o autor, esse mesmo lindo nome com apenas uma letrinha de diferença! ;-)
domingo, abril 11, 2010
O Fim de Semana
Eu tinha certeza que não daria conta de escrever todos os dias, mas já estou fazendo muito mais do que o costume, vou bater meu recorde de postagens esse mês! Aproveitem escassos leitores!
Pois bem, os dias de quinta e sexta foram os do famigerado treinamento de segurança da Vale, pois vamos trabalhar para a ALPA, empreendimento da Vale.
Que desânimo! Já devo estar no meu quarto ou quinto, sem variações nos temas e pior, nenhum direcionamento para o trabalho de arqueologia em si. Não sei em que pode me ser útil aprender os procedimentos para se trocar uma lâmpada nas dependências da empresa, ou ainda os cuidados ao aperar máquinas pesadas(!) E eu nem levei um livrinho pra passar o tempo, ai se arrependimento matasse...
Mas sobrevivi, embora algumas horas pareça que não vai ser possível resistir ao tédio total e inesgotável, a gente sempre sobrevive.
Daí sobraram sábado e domingo.
Ontem fui com a chefe, que veio de Belém esse final de semana, a uma exposição de orquídeas na parte da manhã. Foi muito bom um pouco de delicadeza, perfume e beleza nessa cidade feia de doer.
E de tarde passei rapidamente no sítio que começaremos a escavar na segunda. O sítio fica próximo a uma fazenda, ou chácara, não sei bem, que acabou de ser desapropriada para o empreendimento. Mas que casa! Fiquei sentida pela dona. Uma beleza só! Do quintal, com churrasqueira e uma bela piscina, uma vista inacreditável do rio Tocantins. Se eu morasse num lugar desses acho que teriam que derrubar a casa comigo dentro. Tem horas (e muitas) que dá tristeza ver a destruição no rastro dessas mega empresas.
E enfim domingo!
Domingo de folga e chuvoso que começou com uma pequena sessão de trabalho comunitário em computador no salão aberto do terceiro andar do hotel pela manhã.
E tirando as refeições que fazemos sempre em conjunto, passei a tarde sozinha no quarto, meio dormindo, meio internetando, meio preguicenta. Faltou uma boa companhia, além, é claro, do Gabriel Garcia Márquez e suas putas tristes, que é ótimo, mas não faz cafuné e nem dorme de conchinha.
Pois bem, os dias de quinta e sexta foram os do famigerado treinamento de segurança da Vale, pois vamos trabalhar para a ALPA, empreendimento da Vale.
Que desânimo! Já devo estar no meu quarto ou quinto, sem variações nos temas e pior, nenhum direcionamento para o trabalho de arqueologia em si. Não sei em que pode me ser útil aprender os procedimentos para se trocar uma lâmpada nas dependências da empresa, ou ainda os cuidados ao aperar máquinas pesadas(!) E eu nem levei um livrinho pra passar o tempo, ai se arrependimento matasse...
Mas sobrevivi, embora algumas horas pareça que não vai ser possível resistir ao tédio total e inesgotável, a gente sempre sobrevive.
Daí sobraram sábado e domingo.
Ontem fui com a chefe, que veio de Belém esse final de semana, a uma exposição de orquídeas na parte da manhã. Foi muito bom um pouco de delicadeza, perfume e beleza nessa cidade feia de doer.
E de tarde passei rapidamente no sítio que começaremos a escavar na segunda. O sítio fica próximo a uma fazenda, ou chácara, não sei bem, que acabou de ser desapropriada para o empreendimento. Mas que casa! Fiquei sentida pela dona. Uma beleza só! Do quintal, com churrasqueira e uma bela piscina, uma vista inacreditável do rio Tocantins. Se eu morasse num lugar desses acho que teriam que derrubar a casa comigo dentro. Tem horas (e muitas) que dá tristeza ver a destruição no rastro dessas mega empresas.
E enfim domingo!
Domingo de folga e chuvoso que começou com uma pequena sessão de trabalho comunitário em computador no salão aberto do terceiro andar do hotel pela manhã.
E tirando as refeições que fazemos sempre em conjunto, passei a tarde sozinha no quarto, meio dormindo, meio internetando, meio preguicenta. Faltou uma boa companhia, além, é claro, do Gabriel Garcia Márquez e suas putas tristes, que é ótimo, mas não faz cafuné e nem dorme de conchinha.
quarta-feira, abril 07, 2010
2º e 3º dias
O laço tá apertando!
Ontem foi o tanto de exames com direito a cocô no potinho e uma veia estourada no braço.
Hoje, a maior correria num dia que prometia ser folgado e acabou não dando tempo de nada direito.
Não quero mais ficar no único quarto que tem internet, sobra pra mim o trabalho chato de receber e ir atrás de imprimir uma enxurrada de documentos.
*terceiro dia jantando sanduíche, isso não vai dar certo
**preciso MESMO aprender a mexer no GPS!
Ontem foi o tanto de exames com direito a cocô no potinho e uma veia estourada no braço.
Hoje, a maior correria num dia que prometia ser folgado e acabou não dando tempo de nada direito.
Não quero mais ficar no único quarto que tem internet, sobra pra mim o trabalho chato de receber e ir atrás de imprimir uma enxurrada de documentos.
*terceiro dia jantando sanduíche, isso não vai dar certo
**preciso MESMO aprender a mexer no GPS!
segunda-feira, abril 05, 2010
Diário de Campo - 1º DIA
Então vamos aproveitar a internet no quarto!
Saí de casa hoje cedo, ainda escuro, rumo ao aeroporto de Belém onde embarcaria às 6:35 para Marabá. E nada de friozinho da madrugada, já estava bem quente antes das cinco da manhã.
Como é final de feriado as passagens foram compradas em horários diferentes, a equipe vai aos pedaços mesmo e se reúne no hotel em Marabá. A sorteada para ir primeiro, desgarrada e solitária? Euzinha.
No aeroporto de cara, a dificuldade de encontrar a companhia aérea na qual deveria viajar já me lembrou o bom e velho tio Murphy que nunca nos abandona nas horas mais inóspitas. Mas correu tudo bem, apesar dos pesares.
Localizada a companhia, no check in já tive que paguar excesso de peso de bagagem, pois o limite era 10Kg e não 20Kg como de costume. Mas enfim, não fui informada disso, como estou a serviço talvez a empresa para qual trabalho me reembolse.
No check in também junto com o cartão de embarque já te entregam uma caixinha com o seu lanche. Serviço de bordo feito no saguão do aeroporto! Ultra eficiência da companhia? Sei não!
Mas enfim, fui lá comprar o livro de viagem, sempre compro livros em aeroportos, eu sei que as lojas são mais caras, inclusive livrarias, mas é uma espécie de tradição, sempre compro um livro quando passo por um aeroporto, na ida ou na volta, isso se houver uma livraria, é claro!
Dessa vez comprei dois, Memórias de Minhas Putas Tristes do Gabriel García Marquez, e 100 Dicas Para Viajar Melhor de Ricardo Freire. Eu procurava pelo Pêndulo de Foucault do Umberto Eco, mas só tinham dele O Nome da Rosa, esse já tenho. Ainda não li Cem Anos de Solidão, vou ver primeiro se gosto das putas tristes.
O outro já li inteirinho, de uma bocanhada só, uma delícia! Já já vou no blog do autor viajenaviagem.com, deu vontade de fazer até uma rotazinha de volta ao mundo!
Mas agora preciso falar da minha surpresa quando vi o avião que viemos para cá.
Tive até que tirar foto tá lá no flog:
www.fotolog.com.br/gabriela_prado (não estou conseguindo colocar o link)
Capacidade? Nove passageiros mais piloto e copiloto.
A geringonça é tão pequena que para andar lá dentro eu, que não tenho 1,75m de altura, tinha que dobrar ao meio em quase 90º.
Fiquei logo atrás dos pilotos, não, não tem cabine, na única poltrona de corredor, as outras 8 são na janelinha, me atrasei para entrar porque precisava tirar uma foto do mosquito.
A vantagem é que já quase aprendi a pilotar um avião, se eu esticasse o braço alcançava os controles, teria feito isso se necessário durante a quase uma hora, das duas que passamos no ar, em que o piloto dormiu profundamente!
Ainda bem que o tempo estava ótimo e eu tinha um livro delicioso nas mãos. O desafio foi só ignorar a inexistência de um banheiro ali dentro, e as menores viradinhas e tremidas que a aeronave dava. E se o piloto tava tranquilão lá no sono dele, porque eu simples mortal iria me preocupar, certo?
Em Marabá o hotel é pertinho do aeroporto, tem internet no quarto, uma bênção!! E uma café da manhã honestinho.
Como hoje é aniversário da cidade, feriado local, não tem nada aberto. Resolvi passar o dia na internet colocando a vida virtual em dia.
Vamos ver se esse diário de campo dura mais que um dia. Alguém quer apostar?
Eu não!
Saí de casa hoje cedo, ainda escuro, rumo ao aeroporto de Belém onde embarcaria às 6:35 para Marabá. E nada de friozinho da madrugada, já estava bem quente antes das cinco da manhã.
Como é final de feriado as passagens foram compradas em horários diferentes, a equipe vai aos pedaços mesmo e se reúne no hotel em Marabá. A sorteada para ir primeiro, desgarrada e solitária? Euzinha.
No aeroporto de cara, a dificuldade de encontrar a companhia aérea na qual deveria viajar já me lembrou o bom e velho tio Murphy que nunca nos abandona nas horas mais inóspitas. Mas correu tudo bem, apesar dos pesares.
Localizada a companhia, no check in já tive que paguar excesso de peso de bagagem, pois o limite era 10Kg e não 20Kg como de costume. Mas enfim, não fui informada disso, como estou a serviço talvez a empresa para qual trabalho me reembolse.
No check in também junto com o cartão de embarque já te entregam uma caixinha com o seu lanche. Serviço de bordo feito no saguão do aeroporto! Ultra eficiência da companhia? Sei não!
Mas enfim, fui lá comprar o livro de viagem, sempre compro livros em aeroportos, eu sei que as lojas são mais caras, inclusive livrarias, mas é uma espécie de tradição, sempre compro um livro quando passo por um aeroporto, na ida ou na volta, isso se houver uma livraria, é claro!
Dessa vez comprei dois, Memórias de Minhas Putas Tristes do Gabriel García Marquez, e 100 Dicas Para Viajar Melhor de Ricardo Freire. Eu procurava pelo Pêndulo de Foucault do Umberto Eco, mas só tinham dele O Nome da Rosa, esse já tenho. Ainda não li Cem Anos de Solidão, vou ver primeiro se gosto das putas tristes.
O outro já li inteirinho, de uma bocanhada só, uma delícia! Já já vou no blog do autor viajenaviagem.com, deu vontade de fazer até uma rotazinha de volta ao mundo!
Mas agora preciso falar da minha surpresa quando vi o avião que viemos para cá.
Tive até que tirar foto tá lá no flog:
www.fotolog.com.br/gabriela_prado (não estou conseguindo colocar o link)
Capacidade? Nove passageiros mais piloto e copiloto.
A geringonça é tão pequena que para andar lá dentro eu, que não tenho 1,75m de altura, tinha que dobrar ao meio em quase 90º.
Fiquei logo atrás dos pilotos, não, não tem cabine, na única poltrona de corredor, as outras 8 são na janelinha, me atrasei para entrar porque precisava tirar uma foto do mosquito.
A vantagem é que já quase aprendi a pilotar um avião, se eu esticasse o braço alcançava os controles, teria feito isso se necessário durante a quase uma hora, das duas que passamos no ar, em que o piloto dormiu profundamente!
Ainda bem que o tempo estava ótimo e eu tinha um livro delicioso nas mãos. O desafio foi só ignorar a inexistência de um banheiro ali dentro, e as menores viradinhas e tremidas que a aeronave dava. E se o piloto tava tranquilão lá no sono dele, porque eu simples mortal iria me preocupar, certo?
Em Marabá o hotel é pertinho do aeroporto, tem internet no quarto, uma bênção!! E uma café da manhã honestinho.
Como hoje é aniversário da cidade, feriado local, não tem nada aberto. Resolvi passar o dia na internet colocando a vida virtual em dia.
Vamos ver se esse diário de campo dura mais que um dia. Alguém quer apostar?
Eu não!
sábado, abril 03, 2010
Estrada a Vista
Proximo destino: Marabá
Passei por lá uma vez, não é das piores cidades.
Menos mal!
Trabalho de campo é bom, no fim do dia a única coisa que interessa é um bom banho, algo para comer e cama!
Muito melhor isso do que pensar e esperar, esperar..
;-)
Passei por lá uma vez, não é das piores cidades.
Menos mal!
Trabalho de campo é bom, no fim do dia a única coisa que interessa é um bom banho, algo para comer e cama!
Muito melhor isso do que pensar e esperar, esperar..
;-)
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