quinta-feira, fevereiro 28, 2008

mancha de vinho

Parece que foi a única coisa que sobrou dos últimos dias de festa. Dias nos quais tudo parecia normal. A manhã não era radiante, os pássaros não assobiavam canções maravilhosas e nem as árvores farfalhavam com uma brisa leve e perfumada. Na verdade chegava a fazer frio perto de passagens sombreadas e algumas nuvens anunciavam uma chuva que poderia não chegar. Estávamos ali talvez por não haver opção melhor. Compromissos sim, mas também não muito importantes, nada que posteriormente nos fosse cobrado com muito afinco. Parecia justo aquele ser um momento de espera. Alguns, planos e rotas de fuga, outros, cassa-palavras em textos de hermenêutica pós-moderna. E embora o tédio não fosse o tom principal daqueles dias, ele esteve presente em muitos momentos. Nas festas havia música, desejos, invejas e ciúmes, entorpecentes de todas as qualidades. Mas nos divertíamos loucamente esperando o mal estar do dia seguinte quando a primeira providência a tomar era reconhecer o ambiente a nossa volta. E isso não me impedia de gostar de tudo aquilo. Era tudo muito fácil. E então, bastava colocar os óculos escuros e voltar para casa esperando que as coisas todas voltassem ao seu lugar. E elas costumavam voltar.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

primeiro do ano

Eu assumo, é um absurdo mesmo esse abandono. Já quase no final de fevereiro, depois de passar carnaval e tudo mais, ainda não tinha nenhum post em 2008. Quanto desleixo!
Desculpas eu tenho várias, posso colocar aqui um monte delas, e encabeçando a lista vem a maldita monografia que não fica pronta nunca! E nesse instante ela encobre as próximas 87 desculpas para qualquer coisa que eu tenha deixado de fazer desde que voltei do Pará em novembro, inclusive atualizar esse blog.